Casas à venda em Portugal: oferta cai 26% desde o máximo de 2020 Stock de casas à venda diminuiu mais de 50% em Leiria, Beja e Coimbra face aos seus máximos históricos, revela idealista. 22 set 2025 min de leitura O mercado da habitação em Portugal apresenta uma escassez de imóveis, sobretudo, a preços acessíveis. E tudo indica que há cada vez menos casas disponíveis para comprar no país, numa altura em que a procura está bem elevada. A oferta de casas à venda no país caiu 26% desde o máximo histórico atingido no final de 2020, tal como revelam os dados mais recentes analisados pelo idealista até ao segundo trimestre de 2025. A redução da oferta de habitações disponíveis para comprar face ao stock máximo registado foi observada em todo o território nacional, embora com variações distintas de distrito para distrito. Leiria e Coimbra registaram as maiores quedas de stock habitacional, com diminuições de 52% e 51%, respetivamente, em relação aos máximos registados no quarto trimestre 2018 em ambos os distritos. Lisboa apresenta uma descida de 39% no número de casas à venda desde o último trimestre de 2020 e Faro viu a oferta reduzir em 38% face ao verão de 2020. Na ilha de São Miguel, nos Açores, a diminuição do stock residencial foi de 35% desde o segundo trimestre de 2021, enquanto a ilha da Madeira apresenta menos 32% de casas disponíveis para venda desde primeiro trimestre de 2021. Em Santarém, o recuo foi de 31% desde o terceiro trimestre de 2020. Já em Setúbal a oferta de casas à venda caiu 23% face ao máximo observado na primavera de 2024. No Porto, distrito que inclui a segunda maior cidade do país, o stock de casas à venda caiu 22% desde o segundo trimestre de 2021, altura que registou um recorde. E em Aveiro a descida da oferta foi de 21% face ao máximo observado no segundo trimestre de 2019. A partir daí, os distritos registaram reduções de stock inferiores a 20% face aos respetivos recordes alcançados entre 2018 e 2024. Portalegre registou a descida do stock habitacional mais moderada de todo o país: de -7% face ao último trimestre de 2023. Oferta de casas à venda por distritos e ilhas Trimestre em que cada distrito e ilha atingiu o stock máximo de casas à venda Variação de stock entre o 2.º trimestre de 2025 e o trimestre em que cada distrito atingiu o seu máximo histórico Table with 3 columns and 20 rows. (column headers with buttons are sortable) Distrito/Ilha Stock máximo Variação 2T2025 e stock máximo Leiria 4T 2018 −52% Coimbra 4T 2018 −51% Lisboa 4T 2020 −39% Faro 3T 2020 −38% São Miguel (ilha) 2T 2021 −35% Madeira (Ilha) 1T 2021 −32% Santarém 3T 2020 −31% Setúbal 2T 2024 −23% Porto 2T 2021 −22% Aveiro 2T 2019 −21% Évora 2T 2024 −19% Beja 2T 2018 −19% Braga 2T 2024 −16% Castelo Branco 4T 2023 −15% Viana do Castelo 3T 2024 −14% Bragança 4T 2024 −13% Viseu 2T 2024 −11% Vila Real 3T 2024 −10% Guarda 1T 2024 −10% Portalegre 4T 2023 −7% Tabela: idealista/newsFonte: idealistaDescarregar estes dadosIncorporar Descarregar imagemCriado com Datawrapper Queda de stock de casas mais acentuada nas grandes cidades Nas capitais de distrito, a redução da oferta de casas à venda é ainda mais pronunciada. Leiria lidera com uma quebra de 77% desde o máximo de stock observado na cidade no fim de 2018. Logo a seguir está Beja (com uma queda de 68% face ao seu recorde), Coimbra (-56%), Évora (-45%) e Portalegre (-43%). Lisboa regista uma diminuição da oferta de casas para comprar de 42% desde o fim de 2020 – altura em que o stock atingiu um recorde dos últimos anos. Braga e Faro apresentam descidas na oferta de habitações de 41% cada, seguidas pelo Porto e Funchal que registam quebras de 39% em relação aos respetivos máximos históricos. Viana do Castelo, Viseu, Santarém e Guarda também tiveram quedas de stock superiores a 30% em relação aos seus máximos. Com quedas de stock de casas à venda entre 21% e 27% face aos respetivos recordes estão cidades como Ponta Delgada, Setúbal, Bragança, Castelo Branco e Aveiro. Vila Real apresentou a menor descida entre as grandes cidades, de 14% face ao máximo observado no verão de 2024. Oferta de casas à venda por capitais de distrito Trimestre em que cada cidade atingiu o stock máximo de casas à venda Variação de stock entre o 2.º trimestre de 2025 e o trimestre em que cada cidade atingiu o seu máximo histórico Table with 3 columns and 20 rows. (column headers with buttons are sortable) Capitais de distrito Stock máximo Variação 2T2025 e stock máximo Leiria 4T 2018 −77% Beja 2T 2018 −68% Coimbra 4T 2018 −56% Évora 4T 2016 −45% Portalegre 1T 2020 −43% Lisboa 4T 2020 −42% Braga 1T 2018 −41% Faro 4T 2019 −41% Porto 2T 2021 −39% Funchal 1T 2021 −39% Viana do Castelo 1T 2018 −36% Viseu 3T 2020 −34% Santarém 3T 2018 −34% Guarda 1T 2017 −32% Ponta Delgada 2T 2021 −27% Setúbal 2T 2019 −24% Bragança 4T 2024 −24% Castelo Branco 2T 2019 −24% Aveiro 4T 2017 −21% Vila Real 3T 2024 −14% Tabela: idealista/newsFonte: idealistaDescarregar estes dadosIncorporar Descarregar imagemCriado com Datawrapper Fonte: Oferta de casas à venda em Portugal caiu 26% desde o máximo de 2020 — idealista/news Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado