"SIL afirma-se como o ponto de encontro entre o setor empresarial e as entidades governativas", diz Sérgio Runa, gestor da feira. 10 abr 2025 min de leitura A 28ª edição do Salão Imobiliário de Portugal (SIL) arranca esta quinta-feira na FIL, em Lisboa – realiza-se em conjunto com a Tektónica e termina sábado (12 de abril de 2025) –, numa altura em que o país vive “um contexto político desafiante”, atesta Sérgio Runa, gestor daquela que é a maior e mais importante feira do setor imobiliário a nível nacional. A pouco menos de um mês das eleições legislativas, e “mesmo com mudanças legislativas exigentes, o mercado mantém-se atrativo e dinâmico”, diz ao idealista/news. Na mesma entrevista, o responsável enaltece o facto de o setor imobiliário em Portugal revelar “uma notável resiliência e capacidade de adaptação”, continuando a haver “investidores e empresas ativos” no mercado, que se mantém “competitivo e com elevado potencial de valorização a médio e longo prazo”. Sérgio Runa reforça, de resto, a ideia de que se vive no país um “momento politicamente sensível”, afirmando-se “o SIL como o ponto de encontro entre o setor empresarial e as entidades governativas”. Este ano, o SIL e a Tektónica realizam-se em abril e não em maio e durante apenas três dias, sendo “eliminado” o domingo. Ainda assim, são esperados 30.000 visitantes, mais que os 25.600 na edição do ano passado, tendo aumentado a área de exposição, de 12.500 para 15.000 metros quadrados (m2), bem como o número de empresas participantes. Dados que “refletem não só a crescente notoriedade e dinamismo do evento, como também o papel cada vez mais relevante do setor”, explica Sérgio Runa. As portas da FIL, no Parque das Nações, abrem às 10h e encerram às 19h e a entrada é gratuita até aos 10 anos, sendo que os jovens dos 11 aos 15 anos e os maiores de 65 anos pagam 5 euros por bilhete e os restantes visitantes e profissionais do setor 10 euros. O idealista, recorde-se, volta a ser media partner do SIL. Assim foi a edição de 2024 do SILCréditos: Gonçalo Lopes | idealista/news O que esperar da edição deste ano do SIL? Poderá ser a melhor de sempre? Porquê? Em 2024, o SIL voltou a afirmar-se como um evento de referência, alcançando resultados notáveis: cerca de 25.600 visitantes e 12.500 m2 de área de exposição. Em 2025, esta trajetória de sucesso continua e ganha ainda mais força. A nova edição pretende reforçar o posicionamento estratégico do SIL, com objetivos ambiciosos – 30.000 visitantes esperados, 15.000 m2 de área expositiva e um aumento de cerca de 10% no número de empresas participantes. Estes números refletem não só a crescente notoriedade e dinamismo do evento, como também o papel cada vez mais relevante do setor. A realização simultânea com a Tektónica contribui para uma circulação qualificada e constante de visitantes entre os dois certames, reforçando a atratividade do evento. Com a total ocupação das instalações da FIL – 45.000 m2 de área de exposição –, o SIL consolida-se como um palco incontornável de negócios, inovação e 'networking'. Esta edição distingue-se das anteriores, desde logo, porque é a primeira vez que se vai realizar em abril, depois de três edições consecutivas em maio. A que se deve esta nova mudança de data, sendo que antes, e durante anos, decorreu em outubro? O que se espera “ganhar” com esta decisão? Em 2025, o SIL realiza-se numa data ligeiramente antecipada, numa decisão estratégica que visa maximizar a afluência de visitantes, evitando o habitual período de menor presença na capital associado aos feriados de final de abril e início de maio. Esta alteração tem sido amplamente bem recebida pelas empresas participantes, correspondendo, aliás, a um pedido já manifestado por diversos expositores em edições anteriores. A mudança reforça o compromisso da organização em criar as melhores condições para o sucesso do evento e para a geração de oportunidades de negócio. Sérgio Runa, gestor do SILCréditos: SIL Também pela primeira vez, o SIL irá decorrer durante três dias e não quatro, sendo “eliminado” o domingo. O que se deve esta decisão? Já estava a ser estudada/ponderada há muito tempo? Enquanto entidade organizadora do SIL, consideramos fundamental manter um diálogo próximo com o mercado e, em especial, com as empresas expositoras. Nos últimos anos, foi-nos transmitida, de forma consistente, a sugestão de retirar o domingo do calendário da feira, de forma a reforçar o seu posicionamento como evento orientado para o público profissional. Esta decisão visa potenciar os dias com maior relevância para a concretização de negócios, concentrando a dinâmica do evento durante os dias úteis e ao sábado, optimizando assim a experiência e o retorno para todos os participantes. O SIL realiza-se num contexto político conturbado, a pouco menos de um mês das eleições legislativas. Que impacto terá este assunto na edição deste ano? Será um tema, seguramente, muito abordado por visitantes e profissionais do setor, nomeadamente nas conferências… A menos de um mês das eleições legislativas, e num momento politicamente sensível, o SIL afirma-se como o ponto de encontro entre o setor empresarial e as entidades governativas. Será um espaço de debate e reflexão sobre os grandes temas que marcam o futuro do setor, com particular destaque nas conferências, onde se espera uma participação ativa de profissionais, decisores e representantes institucionais. "A menos de um mês das eleições legislativas, e num momento politicamente sensível, o SIL afirma-se como o ponto de encontro entre o setor empresarial e as entidades governativas" O Programa do SIL INVESTMENT PRO 2025 (clicar neste link), nos dias 10 e 11 de abril, tem como principais destaques os seguintes temas: “Novos modelos de habitar – do Flex-Living ao arrendamento”; “Uma política de habitação para Portugal – as propostas!”; “O futuro da mediação imobiliária e do financiamento”; “Cidades para todos – O desafio da inclusão social”; Edição de 2024 do SILCréditos: Gonçalo Lopes | idealista/news O apetite dos investidores imobiliários estrangeiros por Portugal tem-se mantido elevado, que países espera que tenham mais peso/relevância este ano quer no país quer no SIL? Apesar de um contexto político desafiante, o setor imobiliário em Portugal tem revelado uma notável resiliência e capacidade de adaptação. Mesmo com mudanças legislativas exigentes, o mercado mantém-se atrativo e dinâmico. Investidores e empresas continuam ativos, ajustam estratégias e reforçam o seu interesse num mercado sólido, competitivo e com elevado potencial de valorização a médio e longo prazo. "Apesar de um contexto político desafiante, o setor imobiliário em Portugal tem revelado uma notável resiliência e capacidade de adaptação. Mesmo com mudanças legislativas exigentes, o mercado mantém-se atrativo e dinâmico" Os principais mercados que investem em imobiliário em Portugal incluem os EUA, França, Brasil, Reino Unido e China, entre outros. O interesse internacional mantém-se sólido, refletindo a atratividade e estabilidade do mercado imobiliário português e por certo o SIL refletirá esta conjuntura. A tecnologia está a ganhar cada vez mais espaço e preponderância no setor imobiliário, nomeadamente através da Inteligência Artificial (IA). O que está a mudar no setor em geral e na atividade da mediação imobiliária em particular e que impacto tem a IA no mercado? Num mundo cada vez mais digital, as feiras mantêm-se como uma ferramenta insubstituível para os negócios. O contacto direto, o ‘networking’ de qualidade e a experiência presencial continuam a ser decisivos, especialmente no setor imobiliário. O SIL é prova disso – um ponto de encontro único para investidores, empresas e profissionais, onde se apresentam projetos, se lançam empreendimentos e se debate o futuro do setor. "Num mundo cada vez mais digital, as feiras mantêm-se como uma ferramenta insubstituível para os negócios. O contacto direto, o ‘networking’ de qualidade e a experiência presencial continuam a ser decisivos, especialmente no setor imobiliário" A par da experiência presencial, o SIL tem acompanhado a transformação digital, integrando ferramentas inovadoras como plataformas de agendamento, parcerias digitais e a crescente presença de empresas ‘proptech’, reforçando a sua relevância ano após ano. Embora o digital seja cada vez mais relevante, eventos presenciais como o SIL, que são o barómetro do mercado, continuam a ser essenciais para fortalecer relações e impulsionar negócios no setor imobiliário. Edição de 2024 do SILCréditos: Gonçalo Lopes | idealista/news Fonte:"Mesmo com mudanças legislativas exigentes, o mercado mantém-se atrativo e dinâmico" — idealista/news Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado